O blog Drummers Brasil teve a honra, através de nosso colaborador e editor Rannyere Canuto, de entrevistar um dos ícones da bateria mundial em se tratando de Metal Melódico. Durante passagem de seu workshop PsychOctopus tour 2014 pelo instituto de bateria Bateras beat de Porto Velho (RO)Aquiles reservou alguns minutos de sua atribulada agenda para responder a algumas perguntas que fogem do usual como equipamentos, calçado específico, enfim perguntas que frequentemente são abordadas em seus Workshops pelo Brasil e exterior.
DB - Aquiles que tipo de abordagem voce está fazendo atualmente em seus workshops?
AP - Geralmente eu deixo o direcionamento por conta da galera, para aquelas que querem um workshop mais técnico as perguntas acabam fluindo neste sentido, geralmente fasso uma amostra do meu trabalho mas recente, obviamente toco aquelas peças que tenho mais prazer em tocar e que de certa forma sei que o publico quer ver pelas dificuldades tecnicas e por causa da velocidade de execução. Mas o direcionamento flui naturalmente de acordo com o publico.
DB - Voce procura adaptar seu workshop para que sejam abordados ritmos brasileiros ou não existe essa perspectiva no seu trabalho?
AP - Isso já está implicito nas próprias músicas nas composições de uma forma ou outra traz essas abordagens de uma forma intrinseca como na música Hastiness do Hangar que apesar de ser uma música tradicional do metal traz algumas partes que lembram o Baião embora nunca toque o baião de uma forma mais pura porém executo da maneira que um batera de metal executaria, as acentuações não estão no bumbo porém em outras peças da bateria que caracterizam o ritmo, não chego com uma fórmula para "empurrar goela abaixo" essa ou aquela necessidade de um ritmo específico, como disse antes as perguntas são as melhores mediadoras entre eu e o público para que o público como um todo fique satisfeito.
DB - Como voce lida com o assédio dos fãs, qual o lado positivo e negativo da fama?
AP - Me dou super bem, minha unica preocupação é a maneira como se aproximam, desde que seja de uma forma respeitosa não tem problema algum, se vem me pedir um autógrafo ou tirar uma foto não tem dia e nem hora, nunca disse não a um fã ainda que seja em horários incovenientes quando estou por exemplo jantando e tenho que interromper uma refeição para foto ou autógrafos ou quando chego cansado ao aeroporto é muito tranquilo, porém existem momentos que estou bem atarefado e dificulta esse contato, não é por exemplo (caso isso aconteça)má vontade, porém mesmo sabendo disso nem nessas ocasiões eu disse não, e quanto ao lado positivo e negativo; na verdade negativo não existe e positivo é que eu quero que cada momento seja único para aquele fã, porque voce na verdade não sabe o quanto o fã conhece de seu trabalho, não sabe a quanto tempo ele espera por aquele encontro, apesar de não estar livre do problemas do dia a dia o fã não tem nada haver com isso, temos que passar por cima disso tudo ele está com o coração aberto e a única coisa que ele quer é ser bem atendido pelo seu ídolo, eu tenho que agradecer a Deus por eles porque eles que fazem tudo acontecer, eles tem me proporcionado a vida que tenho tido nos últimos 13 anos.
DB - O Blog Drummers Brasil é direcionado para bateristas de todos os níveis de aprendizado, desde o iniciante ao mais experiente, dentro de sua vivencia no metal voce diria que é possivel um batera almejar o sucesso neste ou em outro segmento ou voce diria que o Ecletismo ou o "All Around" ou a versatilidade ainda é o melhor negócio?
AP - Cara eu acho que quando o cara é eclético ele acaba abrindo os leque de composição, de abordagem, não sou aquele cara que escuta Heavy Metal 24 horas por dia, ao contrário Metal tenho que escutar para me atualizar, ver o que os outros bateras estão fazendo, o que está rolando no cenário, mas não é o que mais escuto, sou bem acletico, apesar de ser um baterista de metal e gostar de metal, esse não é o estilo que role direto no meu ipod, tenho um monte de outras coisas que escuto que me inspiram na hora de tocar e que me proporcionam ferramentas para eu compor de uma forma diferente, de forma a não sair composições massantes como um batera de metal que só escuta metal, só executa metal. Ecletismo é a palavra.

Depois desta entrevista, a qual somos muito gratos, Aquiles se despede da galera do blog Drummers Brasil mandando aquele incentivo:
AP - Fala galera do Drummers Brasil, quero agradecer o espaço cedido pelo blog, desejo muita sorte e sucesso para todos voces e que continuem com este serviço que muito apoia a musica brasileira. Valeu!
Aquiles Priester é batera das bandas Hangar e Noturnal e é endorsee Mapex, Paiste, Roland, Akg, UBL, Gibraltar,Evans, Pro-Mark, LP, D'addario, Boss, Urban Boards shoes, Power click, Consulado do Rock, Lady Snake
Rannyere Canuto é endorsee Orion Cymbals, RMV, Spanking, Drummers capas, K.A. , Akg, JBL.